sábado, 26 de abril de 2008

Ohanami

Duas coisas: primeiramente, desculpas pela burrice. Eu deixei bloqueado para postagens de pessoas que não possuem uma tal de ID não sei das quantas. Agora, no entanto, já consertei a besteira e tá tudo certo. Segundo, este é um teste de um podcast. O que acharam? Preferem relato escrito ou falado?

Abraços e até a próxima!

Miranda (totalmente kaijin de saquê)


terça-feira, 22 de abril de 2008

Domingo à Noite

Sem álcool pra cabeça, olha o que já acontece.

de Isahaya a Omura


Desculpem-me pela demora, mas a vida anda agitada aqui. Muitas quedas de skate, muitas japonesas de saia curta e muitas horas de estudo me mantêm ocupado o bastante pra esquecer que tenho família, amigos e um blog pra atualizar semanalmente.

Apenas para um teste, digo que muitas vezes parece que o blog não é lá tão lido. Aí fico com preguiça de atualizar (porque postar fotos e digitar um texto é trampo) para os poucos assíduos. Compreendem?

Bem, neste capítulo, relatarei o meu terceiro dia no Japão (em breves palavras, é claro). Estava eu cansado da pequena e pacata cidade de Isahaya, estado de Nagasaki, sul do Japão, bem longe de Tóquio (aproximadamente 1000 quilômetros), quando resolvi, da manhã pra hora do almoço, ir para uma cidade vizinha chama Omura. Ficara sabendo que havia um parque muito legal em Omura onde os japorongos fazem o "ohanami" - período das únicas três semanas em que as famosas flores de cerejeira florescem. Aliás, que sorte a minha chegar no começo desse tal de "ohanami". Gosto de flores, mas não me refiro a elas, e sim à comemoração com muita bebida embaixo das árvores. Putz, que maravilha! Claro que os japoneses fazem um puuuuuta banquete. Mas nós, turistas, estudantes, fedorentos, desempregados e mal-lavados, ficamos apenas kaijinsdesaque.

Ohanami de lado, voltemos à viagem. Dicionários no a mochila, mochila nas costas, postura correta, trocado no bolso e boca pra ir a Roma. Ainda na estação de Isahaya, conheci uma senhora que levava seu filhinho (acredito eu) para Omura quando tentei confirmar o trem que havia chegado. Confirmado, pegamos o mesmo trem e seguimos a breve viagem de 15 minutos. Ao descer em Omura, me lembrei - burro pra caralho! - que tinha um compromisso importante (festa de início do ano na Universidade, todos os alunos intercambistas deveriam estar presentes) a duas horas e meia daquele momento. Decidi não conhecer a porcaria do parque, resolvi conhecer a famosa Yamada Denki, uma loja de eletrônicos gigantesca e cheia de novidades pra se ficar babando. Perguntei por informação para a mesma senhora que me ajudou em Isahaya. Inacreditavelmente ela se dispôs a me levar (de carro, junto do devido pai, avô da criança) para a loja. Cheguei lá, consumi com os olhos tudo que pude e voltei a pé. O caminho não parecia muito longe de carro. Pensei em economizar: nada de taxi! Realmente, era perto o caminho.

Interessante que, na volta, me deparei com um templo budista na boca da cidade. Um templo lindo, perfumado, silencioso (mais silencioso do que o próprio Japão já é) e abandonado (?). Resolvi entrar, é claro. Fui andando, morrendo de medo de ser atacado por um monge em estado alfa. Já tinha até preparado a tradicional frase "gaijin": GOMEN NA SAI! WAKARANAKATA! (Desculpe-me! Eu não sabia)! Mas nem foi necessária. Ninguém apareceu mesmo.

De lá, voltei para a (mais) pacata Isahaya e aproveitei para encher a pança na festinha de recepção dos estudantes internacionais (que, curiosamente, recebem uma carteirinha chamada ALIEN REGISTRATION CARD, feita na prefeitura, pra provar que você é um aluno estrangeiro). 

Em breve, a foto do ALIEN REGISTRATION CARD.



sexta-feira, 4 de abril de 2008

Primeiro Rolê na Facul

Quandro criança, assistia aos desenhos japoneses e me perguntava de onde tiravam aquelas idéias para criar as personagens, os estilos de roupa, cabelo etc. Ao chegar no Japão, mais precisamente em Nagasaki-ken, Isahaya-shi (respectivamente, estado e cidade), vi que o negócio é bem mais natural do que pensava. Todo japonês parece um mangá. O cabelo do Goku (Dragon Ball) é fichinha perto dos que já vi por aqui! Neste país, cosplay é vida real, e vida real é o cosplay do Brasil.

Nos primeiros dias aqui na facul, fui dar um rolê de skate. Pensava eu que skateboard (ou sketobôdo, como dizem os japorongos) era algo até que comum por aqui. Mas que engano o meu! Enfim, sem lugar pra brincar (uma vez que as ruas aqui são muito estreitas e sem calçada), resolvi andar dentro da própria universidade. Ensinei um Thailandês e dois Japoneses a cair de skate. Uma pena que o capote não foi registrado, mas o momento pós, com certeza. Inclusive, ensinei o Koji, japonês louco, retardado e sem noção, a falar "ai minha bunda" depois do capote.

Nada muito mais interessante de se relatar. Para este capítulo, basta curtir as fotos e apreciar a paisagem. Além, é claro, de rir com o brother reclamando de dor na bunda.

Abraços!

Fotos

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Primeira compra de Saquê


Galera não conhecia a tal. Na terra do saquê, ninguém sabia o que era uma batida de saquê com kiwi. Ah, e vai eu explicar pros garotos (todos maiores de idade, emboram nenhum com pêlo no rosto, e, inclusive aquele que tem cara de 12 anos, cujo apelido já se deu por "curimim", do tupi mesmo, e adivinha quem foi).

Da esquerda para a direita, o thailandês Kao (engraçadíssimo), o filipino Immer "curumim", os coreanos (sem identificação até o presente momento). Falta o outro brasileiro, o Jeffrey. Mas ele aparece no álbum.

A história da batida começa antes desta foto, com certeza. E até mesmo antes do início da noite, ainda na hora de comprar os ingredientes. Vou eu ao mercado e dou de cara com dúzias e mais dúzias de tipos de saquê. Puta que pariu! Qual desses eu compro? Como estava sozinho, resolvi perguntar pra quem entende do assunto: japonês. Primeiramente, arrisco um nihongo (língua japonesa). Ela entende a pergunta. Eu não entendo a resposta. Grande bosta! "Fala inglês?" "Sim, um pouco!" Ah, tô feito! Pena que ela não entende a minha pergunta. Inglês avançado demais já. O que ela faz? Liga pra tia, que manda bem no inglês e me passa o telefone. A tia, por sua vez, preocupada com a minha compra, me pede pra esperar uns 5 minutinhos lá no mercado. De repente, ela chega lá pra me ajudar a escolher o saquê.

Para uma boa escolha, primeiro deve-se lembrar pra que raios se quer a bebida. Dito o motivo, feita a explicação, dado o espanto nos japoneses por alguém misturar açúcar, gelo e kiwi na dose, eles conversam, conversam, conversam e conversam entre si, pegam um, dois, três tipos na prateleira, devolvem dois, olham um pro outro, e me entregam um. "Este aqui é o melhor!" Uau! Trocamos e-mails para posteriores contatos (e dúvidas) e cada um seguiu o seu caminho.

No dormitório, fiz a caipirinha. O Kao (thailandês maluco lutador de muay thai com bonecos do comandos em ação) tomou várias. Eu também, é claro. Os coreanos são quietos, mas tomam que é uma beleza. Todo mundo pegou a receita, hahaha. Pimba! Cada um pra sua cama. No dia seguinte, todo mundo em pé, exceto o Kao. Meio-dia, nada. Quase uma, nada. O cara morreu! Puta merda! Quando o bicho acorda, aqueeeeela dor-de-cabeça. Mas pergunta se ele vai deixar de beber... Olha, pra quem come pimenta pura (quase morri quando experimentei a comida Thailandesa), ressaca não é nada!

PROVAS DO CRIME

O dormitório

Vejam as fotos e tirem as próprias conclusões. Eu, particularmente, tô adorando!

Fotos