quinta-feira, 3 de abril de 2008

Primeira compra de Saquê


Galera não conhecia a tal. Na terra do saquê, ninguém sabia o que era uma batida de saquê com kiwi. Ah, e vai eu explicar pros garotos (todos maiores de idade, emboram nenhum com pêlo no rosto, e, inclusive aquele que tem cara de 12 anos, cujo apelido já se deu por "curimim", do tupi mesmo, e adivinha quem foi).

Da esquerda para a direita, o thailandês Kao (engraçadíssimo), o filipino Immer "curumim", os coreanos (sem identificação até o presente momento). Falta o outro brasileiro, o Jeffrey. Mas ele aparece no álbum.

A história da batida começa antes desta foto, com certeza. E até mesmo antes do início da noite, ainda na hora de comprar os ingredientes. Vou eu ao mercado e dou de cara com dúzias e mais dúzias de tipos de saquê. Puta que pariu! Qual desses eu compro? Como estava sozinho, resolvi perguntar pra quem entende do assunto: japonês. Primeiramente, arrisco um nihongo (língua japonesa). Ela entende a pergunta. Eu não entendo a resposta. Grande bosta! "Fala inglês?" "Sim, um pouco!" Ah, tô feito! Pena que ela não entende a minha pergunta. Inglês avançado demais já. O que ela faz? Liga pra tia, que manda bem no inglês e me passa o telefone. A tia, por sua vez, preocupada com a minha compra, me pede pra esperar uns 5 minutinhos lá no mercado. De repente, ela chega lá pra me ajudar a escolher o saquê.

Para uma boa escolha, primeiro deve-se lembrar pra que raios se quer a bebida. Dito o motivo, feita a explicação, dado o espanto nos japoneses por alguém misturar açúcar, gelo e kiwi na dose, eles conversam, conversam, conversam e conversam entre si, pegam um, dois, três tipos na prateleira, devolvem dois, olham um pro outro, e me entregam um. "Este aqui é o melhor!" Uau! Trocamos e-mails para posteriores contatos (e dúvidas) e cada um seguiu o seu caminho.

No dormitório, fiz a caipirinha. O Kao (thailandês maluco lutador de muay thai com bonecos do comandos em ação) tomou várias. Eu também, é claro. Os coreanos são quietos, mas tomam que é uma beleza. Todo mundo pegou a receita, hahaha. Pimba! Cada um pra sua cama. No dia seguinte, todo mundo em pé, exceto o Kao. Meio-dia, nada. Quase uma, nada. O cara morreu! Puta merda! Quando o bicho acorda, aqueeeeela dor-de-cabeça. Mas pergunta se ele vai deixar de beber... Olha, pra quem come pimenta pura (quase morri quando experimentei a comida Thailandesa), ressaca não é nada!

PROVAS DO CRIME

7 comentários:

  1. Porra, brother!
    Que viagem que tá sendo ler teus posts aqui. Ver as fotos me fez até sentir certos cheiros daí.
    Aproveite bem a estadia!!!

    Grande abraço.

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  2. Que delícia ler seu diário de bordo!
    A descrição está tão perfeita e engraçada que dá até para imaginar vc falando... rindo... bebendo... e isso espanta a saudades!!!
    =D
    Bjo grande, chuchu.

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  3. Bah, guri!
    Não vá transformar os caras ae em kamikazes alcoólatras, hein!?
    Abração!

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  4. ahahaa...
    que camarada essa tiazinha do supermercado, porra! demais!
    vai com calma meu caro, senão isso ainda te custa uma internação no AA japonês!!
    excelente post..
    abraço forte

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  5. Puxa, vc vai logo ensinando pra eles o segredo de nossa culinária? Já que começou, por que não lhes ensina a caipirinha com limão mesmo ou com maracujá? (será que tem por aí?)Pelo visto, a família tem mesmo jeito para a cozinha...hehehe...

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  6. afinal de contas o saque dá a mesma onda que a caipira feita com limâo?Parabéns, pela maneira de se expressar.Bjs nessa galera da foto!!!

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  7. Será que consegue algumas receitas com essa turma maravilhosa, o que eles comem e bem que não engordam?Meu email é mcatrindade@gmail.com.br

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