sexta-feira, 3 de outubro de 2008

May Fiesta

No mês de maio há uma festa chamada "May Fiesta" aqui na universidade. A princípio, uma festa muito interessante. Temos a possibilidade de conhecer um pouco da cultura (dança, comida, música, por exemplo) dos países presentes dentro da universidade. Claro que a real do evento é divulgar o "olha que legal, essa universidade tem gente do mundo inteiro" para o povo local. De fato, funciona!

Uma coisa que me impressionou muito nesse evento foi a organização do povo japonês (leia organização como "capacidade de formar um círculo, um quadrado ou uma fila em poucos segundos"). Na escola, quando tínhamos que montar uma fila, demorávamos um século. Mas depois de passar por dois eventos aqui, pude notar que eles ensaiam TUDO. Nesse evento do May Fiesta, levaram a gente para um passeio num hotel, onde ensinaram as músicas que íamos dançar no May Fiesta (claro que não disseram explicitamente isso, mas passamos uma tarde ensaiando as músicas, e eles cobravam que fizéssemos direito). E as filas, sempre há uma fita no chão para direcionar e posicionar todo mundo corretamente.

Quando tivemos que pensar em algo pra apresentar no dia, percebi como a questão cultural dos países é diferente. A cidade de Isahaya tem uma dança tradicional chamada Nonnoko. Poxa, que legal isso, não? As cidades têm traços culturais próprios. Até mesmo a linguagem tem disso. Por exemplo, eu estou na ilha de Kyushu, na província de Nagasaki, município de Isahaya, bairro de Eida. Há uma língua comum em todo o país que é o japonês, cujo padrão é baseado no dialeto falado em Tóquio. No entanto, há um dialeto da ilha de Kyushu, um do estado de Nagasaki e um da cidade de Isahaya. É realmente bem fora do comum. Isahaya e Nagasaki têm 20 minutos de distância entre elas. No entanto, o pessoal de Isahaya fica bem perdido quando ouve dois falantes do dialeto de Nagasaki conversarem rapidamente. Agora, imaginem eu como me sinto quanto vou de um lugar para outro!

Um pequeno resumo do que rolou no May Fiesta:

- Uma garota chamada Kyu-ju-ni (que significa 92, em japonês) mostrou uma dança tradicional da Mongólia. Uma dança muito difícil, por sinal. Ela quebrou alguns dos pratos que carregava, mas claro que ninguém falou nada. Só pela habilidade dela, está perdoada. E aproveitando o embalo da Mongólia, vi aqui na TV que o povo de lá é gigantesco! Um garoto de 11 anos de idade tem o meu tamanho e o meu corpo, praticamente. Muito monstro!



- As meninas da Tailândia apresentaram uma dança tradicional muito interessante. A magrinha da frente se chama Arpun, a do meio, Tip e a cheinha atrás, Packy. A Packy é um sarro de pessoa. Tenho uma foto carregando ela de cavalinho muito engraçada. Ela tava morrendo de medo no dia (do cavalinho) porque disse que ninguém conseguia levantar ela. Também, no país dela são todos como o Kao! Aí vai o gordão aqui levantar a Fofão (carinhosamente apelidade pelo Jeff). Só por curiosidade, a Tailândia é um país que conserva muito a sua tradição. O país nunca foi colonizado e nunca foi expandido. Guerrearam contra um país vizinho chamado Laos, mas não a ponto de sua cultura ser radicalmente modificada. O idioma tailandês não parece com nada. A sua origem é somente tailandesa e, segundo o Kao, algumas vezes se parece com o idioma falado em Laos, mas ele não quem influenciou quem. Acredita-se que Laos tenha sido influenciado.



- O Curumim (Immer), representante das Filipinas não quis participar do evento. Ele simplesmente se vestiu de roupa tradicional e ficou de manequim. Quando sua conterrânea Gisele foi apresentar uma dança típica, o Koji (japonês) a ajudou um pouco. Por terem sido colonizados pela Espanha , as Filipinas têm uma influência espanhola muito grande, tanto na linguagem como nos costumes em geral. Os Estados Unidos guerrearam contra a Espanha e ganharam o direito de comandar as Filipinas. Portanto, hoje, os Filipinos são educados em inglês na escola, mesmo que não seja o seu idioma pátrio. A língua filipina, conhecida como Tagalog, é o dialeto comum entre eles, mas não o único. Cada região tem uma língua própria, portanto os filipinos são poliglotas por natureza e têm uma facilidade pra guardar vocabulário que não tem igual.




- O Jeff foi pra cima do palco ensinar algumas palavras em português pra galera. Cada hora ele falava uma coisa diferente. Tudo bem, ninguém ia decorar mesmo. Eu apresentei uma dança de forró. Olha que sou tosco pra caramba pra dançar forró, hein? Mas achei duas japas que toparam arriscar alguns passos e fizemos uma boa performance, até. Pouparei todos vocês com a ausência do último acima citado e colocarei uma coisa mais interessante no lugar: um vídeo de orientais dançando aquela música daquela banda Rouge. Lembram?




5 comentários:

  1. Finalmente!
    Esse sim é um retorno à altura!
    ;D

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  2. I want a piggyback ride too! :)
    Que trampo, hein?! Mas finalmente você está atualizando. Muito bom ver um pouquinho do lado de lá do mundo (claro que você não conta, rs).
    E o vídeo da Ragatanga (é isso mesmo?), hahahahaha. Sooo bizarre!
    Muitos beijos

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  3. Que massa, Miranda!
    Mas apresenta aí o teu vídeo dançando, cara! ;-)

    Abraço.

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  4. bah... escrevi um post enorme e deu pau na minha conexão para variar...
    abstract: o post ficou ótimo, dá pra se sentir na festa aí (ou nas festas japonesas em CTba... ai ai...). foi ótimo falar ctg ontem! ainda mais uma coisa: queremos o forró!

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  5. Quindim passou por aqui, bunda branca! ;**

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